O primeiro mouse...
Foi lançado o sucessor de um dos aparelhos mais sensacionais de todos os tempos, o iPad, tablet da Apple que vem mudando as perspectivas que temos sobre o futuro dos dispositivos computacionais. O tamanho reduzido, a tecnologia touch screen, acesso a internet sem fio, câmera de alta resolução, etc… são alguns dos atrativos do aparelho apresentados mais cedo por Steve Jobs.
Se atualmente a sensação do momento é o iPad, nos anos oitenta era um objeto bem mais rudimentar e luminoso, um aparelho batizado com o simpático nome de “mouse”. Em 1979, o mesmo Jobs viu o invento em uma visita ao Centro de Pesquisas de Palo Alto da Xerox , e se interessou de tal forma, que o incluiu em 1984 junto ao Apple Macintoshi. Elogiado por todos, e adotado posteriormente pela Microsoft para a plataforma PC, o mouse se tornou nas décadas seguintes no principal meio, junto com o teclado, de comunicação entre o homem e o computador.
Poucos porém, conhecem Douglas Carl Engelbart, o criador do mouse. Engelbart, hoje com 86 anos, nasceu em Portland, Oregon. Formou-se em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal do Oregon, em 1948. Ao terminar a sua graduação, foi trabalhar na Ames (Ames Aeronautical Laboratories), em Mountain View, California. Nesta época começou a formular a chamada Teoria do Aumento, que previa a extensão do intelecto humano através dos computadores, que ficariam responsáveis pela parte mecânica do pensamento.
O primeiro mouse consistia em uma caixinha de madeira, apenas com um botão, e que ao invés de uma esfera, possuia discos perpendiculares que tocavam diretamente na superfície e orientavam a movimentação do cursos nos eixos x e y.
Em 1968 Engelbart e o seu grupo demonstraram o equipamento na “Fall Joint Computer Conference” em São Francisco, usando perante uma vasta audiência acessórios como um teclado, um rato, e um microfone colocado na cabeça. Foi o primeiro modelo funcional do que seriam os computadores do futuro. O rótulo “computador do futuro” acabaria se confirmando, principalmente em virtude do próprio mouse, que ficaria anos após sua invenção sem um uso prático.
Em 1977 a Augmentation Center iria fechar as portas por falta de recursos. A partir daí, Engelbart passou por outras instituições, das quais podem-se destacar a Universidade de Stanford e a Bootstrap Institute, sendo essa última fundada por ele e local em que ainda trabalha.
Seu trabalho foi de tal forma importante que lhe rendeu prêmios tais como o Prêmio Turing (1997) e a Medalha John Von Neumann (1997). O mouse, sua principal contribuição para a computação, perdeu os discos, ganhou e perdeu esferas, botões, e a própria cauda que lhe inspirou o nome. Muitas vezes com sua morte prenunciada, o mouse ainda se mostra como uma forma simples e intuitiva de se usar os recursos gráficos dos computadores.
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